quarta-feira, 30 de julho de 2008

1º Fase Modernismo no Brasil

A primeira fase, conhecida como heróica, compreende o período de 1922 a 1930 e apresenta o desejo de liberdade, de ruptura e de destruição do passado como características marcantes. Os principais autores são: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Alcântara Machado.

Essa primeira fase foi predominantemente poética. Seus autores pregavam, entre outras idéias, a negação do passado, a valorização poéticado cotidiano, o nacionalismo e a liberdade lingüistica, basicamente através da incorporação da linguagem coloquial e o Anarquismo.

A primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e idéias modernista.

Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.

Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão. Entre os fatos Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão.
continuidade ao processo de divulgação das idéias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos
mais importantes, destacam-se a publicação da revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo de divulgação das idéias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos culturais: o Pau-Brasil, o Verde-Amarelismo, a Antropofagia e a investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa
Entre os fatos Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual
brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de
expressão.
continuidade ao processo de divulgação das idéias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos
mais importantes, destacam-se a publicação da
revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo
de divulgação das idéias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos culturais: o Pau-Brasil, o
Esses movimentos representavam duas tendências ideológicas distintas, duas formas diferentes de
Verde-Amarelismo,
a Antropofagia
Anta. Esses movimentos representavam duas tendências ideológicas distintas, duas formas diferentes de expressar o nacionalismo. O movimento Pau-Brasil defendia a criação de uma poesia primitivista, construída com base na revisão crítica de nosso passado histórico e cultural e na aceitação e valorização das riquezas e contrastes da realidade e da cultura brasileiras. A Antropofagia, a exemplo dos rituais antropofágicos dos índios brasileiros, nos quais eles devoram seus inimigos para lhes extrair força, Oswald propõe a devoração simbólica da cultura do colonizador europeu, sem com isso perder nossa identidade cultural. Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para o nazifascismo. Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Alcântara Machado, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida.

Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, na Rua da Ventura, atual Joaquim Nabuco, filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Bandeira foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
Toda a obra modernista de Manuel Bandeira tem como palavra-chave a liberdade. Tanto de conteúdo quanto de forma. É uma poesia de linguagem simples e comunicativa e , entre os seus temas, estão a saudades da infância, o tempo que passa , a presença da morte, a transitoriedade da vida e do amor. Para unanimidade dos críticos, o lirismo de Bandeira consegue expressar os momentos e as emoções que marcam a existência humana e, por isso, sua poesia é considerada universal.
Os dois primeiros livros de Manuel Bandeira (''A cinza das Horas'' e ''Carnaval'') surgiram antes da semana de Arte moderna de 1922. Bandeira pratica uma poesia de tom lírico e melancólico.
Poeta, considerado um dos pioneiros do Modernismo brasileiro, Manuel Bandeira morre no dia 13 de outubro de 1968, às 12 horas e 50 minutos, no hospital Samaritano, em Botafogo sendo sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista.
Algumas obras:
Poesia:
- A Cinza das Horas - Jornal do Comércio - Rio de Janeiro, 1917- Carnaval - Rio de janeiro,1919- O Ritmo Dissoluto - Rio de Janeiro, 1924- Libertinagem - Rio de Janeiro, 1930- Estrela da Manhã - Rio de Janeiro, 1936- Poesias Escolhidas - Rio de Janeiro, 1937- Poesias Completas - Rio de Janeiro, 1940- Poemas Traduzidos - Rio de Janeiro, 1945- Mafuá do Malungo - Rio de Janeiro, 1948- Poesias Completas (com Belo Belo) - Rio de Janeiro, 1948- 50 Poemas Escolhidos pelo Autor - Rio de Janeiro, 1955- Obras Poéticas - Rio de Janeiro, 1956- Alumbramentos - Rio de Janeiro, 1960- Estrela da Tarde - Rio de Janeiro, 1960
Prosa:
- Crônicas da Província do Brasil - Rio de Janeiro, 1936- Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938- Noções de História das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940- Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940- Apresentação da Poesia Brasileira - Rio de Janeiro, 1946- Literatura Hispano-Americana - Rio de Janeiro, 1949- Gonçalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952- Itinerário de Pasárgada - Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954- De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954- A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957- Itinerário de Pasárgada - Livraria São José - Rio de Janeiro, 1957- Prosa - Rio de Janeiro, 1958- Andorinha, Andorinha - José Olympio - Rio de Janeiro, 1966- Itinerário de Pasárgada - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1966 - Colóquio Unilateralmente Sentimental - Editora Record - RJ, 1968- Seleta de Prosa - Nova Fronteira - RJ- Berimbau e Outros Poemas - Nova Fronteira - RJ

Alcântara Machado

ANTÔNIO CASTILHO DE ALCÂNTARA MACHADO D'OLIVEIRA nasceu em São Paulo em 25 de maio de 1901. De família ilustre, o pai fora escritor e professor da Faculdade de Direito de São Paulo. Forma-se em direito no ano de 1924, mas não exerce a profissão, pois se dedica ao jornalismo, chegando a ocupar o cargo de redator-chefe do Jornal do Comércio. No ano de 1925 realiza sua segunda viagem à Europa, onde já estivera quando criança. De lá traz crônicas e reportagens que originaram seu livro de estréia, Pathé-Baby (1926), prefaciado por Oswald de Andrade.
Em 1922 não participa da Semana de Arte Moderna, mas, no ano de 1926, junto com A.C. Couto de Barros, funda a revista Terra Roxa e Outras Terras. Em 1928 publica a obra "Brás, Bexiga e Barra Funda". Na primeira edição dessa obra o prefácio é substituído prefácio por um texto intitulado "Artigo de fundo", disposto em colunas, como as de uma página de jornal, onde afirmava:
"Este livro não nasceu livro: nasceu jornal. Estes contos não nasceram contos: nasceram notícias. E este prefácio, portanto também não nasceu prefácio: nasceu artigo de fundo".
Essa introdução revela uma característica fundamental de sua obra: a narrativa curta, muito semelhante à linguagem jornalística. Nessa obra Alcântara Machado revela a sua preocupação em descrever os habitantes e os costumes das pessoas que habitam os bairros humildes da capital paulistana. Assim, fez surgir um novo tipo de personagem na literatura brasileira: o ítalo-brasileiro.
Em 1928 une-se a Oswald de Andrade para fundar a Revista de Antropofagia. Alcântara Machado, juntamente com Raul Bopp, foi o diretor dessa revista no período de maio de 1928 a fevereiro de 1929. Ainda em 1929 lança a obra "Laranja da China".Em 1931 dirige a Revista Hora, junto com Mário de Andrade. Ingressando na política, muda-se para o Rio de Janeiro, onde exerce também a crítica literária. Candidata-se ao cargo de deputado federal. Eleito, não chega a ser empossado, pois falece em conseqüência de complicações de uma cirurgia de apêndice, no Rio de Janeiro, em 14 de abril 1935.

Principais Obras:
Pathé-Baby (1926) (crônicas de viagem)
Brás, Bexiga e Barra Funda (1927)
Laranja da China (1928) - contos
Deixou inacabado um romance - Mana Maria. Em 1961, as três últimas obras foram reunidas em livro, sob o título de Novelas paulistanas, que incorporou ainda contos esparsos, publicados em jornais e revistas